O recrutamento de participantes é uma das fases mais desafiadoras dos estudos clínicos. Uma abordagem estratégica e bem estruturada pode não apenas acelerar esse processo, mas também garantir que os voluntários se sintam seguros e engajados. A partir de um estudo focado na realidade dos hospitais universitários da Rede Ebserh e centros privados de pesquisa, foram desenvolvidas nove recomendações essenciais para tornar essa etapa mais eficiente e bem-sucedida.
1. Planejamento é fundamental
Antes de iniciar o recrutamento, é essencial definir o público-alvo e estabelecer conexões com comunidades envolvidas. Isso inclui médicos de referência, organizações comunitárias e instituições de saúde. A clareza sobre quem será recrutado e quais parcerias serão necessárias pode evitar obstáculos e atrasos.
2. Uma equipe preparada faz a diferença
Os profissionais responsáveis pelo recrutamento devem ter um conhecimento aprofundado sobre o estudo, saber se comunicar com clareza e demonstrar empatia. Uma equipe bem treinada melhora a experiência do voluntário e contribui para um recrutamento mais eficiente.
3. Consentimento livre e esclarecido
Garantir que os participantes compreendam os riscos e benefícios da pesquisa é essencial. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deve ser redigido de forma clara e acessível, seguindo as diretrizes do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), e a equipe deve estar preparada para esclarecer quaisquer dúvidas.
4. Critérios bem definidos evitam dificuldades
Os critérios de inclusão e exclusão dos participantes devem ser estabelecidos com atenção, considerando impactos práticos na fase de recrutamento. Estudos voltados para crianças, idosos ou pessoas com deficiência mental, por exemplo, exigem abordagens específicas.
5. Estratégias de divulgação eficientes
A comunicação deve ser adaptada ao público-alvo e testada antes da implementação. O uso de canais variados, como redes sociais, rádio, TV, panfletos e eventos, pode ampliar o alcance da campanha. Além disso, é essencial garantir que todas as estratégias sejam previamente aprovadas pelo CEP.
6. Recrutamento ativo e direcionado
Além da divulgação, o recrutamento pode ser feito de maneira proativa. Revisar prontuários médicos, envolver médicos e líderes comunitários, estabelecer parcerias com hospitais e usar bancos de dados externos são algumas estratégias que podem ser aplicadas.
7. Transparência no pós-estudo
Após a conclusão da pesquisa, agradecer aos participantes e compartilhar os resultados de forma clara fortalece o vínculo com a comunidade e incentiva futuras participações. Criar materiais informativos acessíveis pode contribuir para esse processo.
Com essas recomendações, é possível melhorar significativamente o recrutamento em pesquisas clínicas, otimizando tempo e recursos e garantindo que mais pessoas possam se beneficiar dessas oportunidades.
